Foto: reprodução
Dois réus foram condenados pelo Tribunal do Júri de São Sepé pelo assassinato do engenheiro agrônomo Jéferson Evangelho Martins, em 2020. A vítima, com 48 anos na época, foi morta a tiros na localidade de Cerca de Pedras, no interior de Vila Nova do Sul. Na ocasião, o pai do engenheiro, Junio Carlos Souto Martins, que tinha 87 anos, foi ferido pelos disparos.
Segundo o Jornal do Garcia, os acusados do crime e da tentativa de homicídio foram levados a julgamento na quarta-feira (27), no Fórum de São Sepé. O júri se estendeu até as 4h da madrugada desta quinta-feira (28), quando a juíza Lidiane Machado leu as sentenças.
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O acusado de dar os tiros, Humberto de Alencar Costa Escaio, 46 anos, era ex-cunhado de Jéferson e ex-genro de Junio. Ele foi condenado a 25 anos e 10 meses de prisão. A pena deverá ser cumprida em regime fechado.
Já o réu Mathieus Carvalho de Melo, 27 anos, que foi cúmplice do crime por ter levado Escaio até a fazenda, recebeu pena de 24 anos e um mês. Ele estava solto e foi encaminhado ainda nesta quinta-feira ao Presídio Estadual de São Sepé, onde Escaio já estava preso.
O crime ocorreu por volta das 19h de 10 de setembro de 2020 na Fazenda São João, em Vila Nova do Sul. Jéferson foi morto a tiros, enquanto o pai ficou gravemente ferido e precisou amputar parte de uma das pernas. De acordo com a acusação, a motivação do crime seria o fato de Escaio não aceitar o fim do relacionamento com a ex-companheira, irmã de Jéferson e filha de Junio. Os dois foram presos preventivamente ainda em setembro de 2020.
Segundo a Brigada Militar, na época do crime, haviam sete pessoas na fazenda. Um adolescente fugiu para o mato e conseguiu pedir ajuda por telefone. Duas mulheres e outros dois jovens não foram atingidos pelos disparos. Jéferson Martins morava em São Sepé e administrava as propriedades da família. Ele era casado e pai de um filho.
Os promotores de Justiça Fernando Mello Müller e Joel Dutra, auxiliados pelo assistente de acusação, o advogado Daniel Tonetto, pediram a condenação dos dois homens pelos crimes.
Os advogados de defesa de Humberto Escaio e de Mathieus de Melo, que foram designados pela Defensoria Pública, informaram que irão recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado. O advogado de Escaio, Ariel Leite, encaminhou o pedido em plenário para a juíza Lidiane.